Bem, em Setembro de 2016, a nova ideia de Keiji Inafune, o pai de Megaman, chega às nossas mãos. Desenvolvido por duas empresas altamente talentosas, Comcept e Armature Studio, o ReCore é agora uma realidade. Joule Adams, a protagonista desta fantástica aventura, calça as botas para viajar quilómetros e quilómetros de areia e escalar penhascos impossíveis com a ajuda de seus fiéis robôs. A raça humana foi forçada a encontrar um lugar habitável para sobreviver devido a uma pandemia, não sabemos o que aconteceu exactamente, mas despertamos de um longo sono criogênico e agora temos que criar um mundo novo.
A sensação que o jogo dá é de completa solidão e hostilidade. Espaços de deserto com máquinas disfuncionais conseguem colocar o jogador em uma situação muito boa. O cenário é espetacular e consegue dar o efeito que o título precisa dentro do seu conceito. Estaremos sozinhos e teremos que conseguir sair de todas as situações que surgirem. Estaremos sozinhos como raça, o planeta está infestado de robôs, os hostis são a maioria, mas também teremos aliados. Um total de cinco modelos de robôs que nos ajudarão em nossa missão e que iremos descobrindo no decorrer da aventura. Todos eles se lembram de algum animal da Terra e têm habilidades muito diferentes que teremos que combinar para ter sucesso.
O combate é baseado em tiroteio, e tanto o combate como as secções de plataformas lembraram-me de Ratchet & Clank. Aqui todos os inimigos possuem um núcleo dentro ao qu8al tens que extrair para eliminar os inimigos. Essas esferas serão de grande valor para a nossa missão e serão precificadas com habilidades. Enquanto enfraquecemos um robô hostil, devemos estar atentos à sua barra de saúde, pois a recompensa final depende dele e do que queremos obter com a vitória. Se terminarmos com o robô, receberemos uma grande recompensa na forma de peças para melhorar nossos amigos mecânicos. Porém, se decidirmos arrancar o "coração" dos hostis, não devemos matá-los, teremos que enfraquecê-los, tudo será baseado em nossa estratégia. Assim que estiverem fracos lançaremos o anzol para roubar seus núcleos, depois de um cabo de guerra feroz pegaremos o tesouro tão esperado, ou não. É uma questão de habilidade e tato para conseguir os núcleos, teremos que sentir o inimigo cuidando da cor do anzol. Se ficar vermelho, terás que abrandar a pressão que está sendo exercida para que o robô hostil não o solte.
Existem diferentes cores básicas focadas em aprimorar uma habilidade específica em nosso arsenal de robôs. Os azuis aumentam a energia, os vermelhos o ataque e os amarelos a defesa. Mais uma vez, a estratégia está presente e teremos que levar em conta quais aspectos melhorar e de qual robô. Já te digo que vai ser preciso levar isso em conta porque, caso contrário, vamos ter um momento ruim depois.
Apesar da atmosfera hostil e desolada do jogo, as cores são uma parte essencial do ReCore. Já vimos que os núcleos são caracterizados pela cor, bem, nossa arma também. Temos um único rifle que nos acompanhará até o fim eliminando bestas de metal, este rifle vai "aprender" a estragar pelas cores. Danos por cores são chamados de "afinidade", quando conseguimos isso podemos causar muito mais danos aos inimigos. Vermelho para vermelho, amarelo para amarelo e assim por diante, atirar em um inimigo mudando a cor de nossas balas com a cruzeta causará mais danos e nos dará mais pontos. Enquanto ganhamos pontos mordendo a poeira do deserto do inimigo, o rifle vai ganhar experiência e subir de nível automaticamente. Além disso, a espingarda permite realizar dois ataques diferentes, o ataque explosivo e o ataque carregado, ideal para destruir escudos inimigos.
A exploração é uma das bases do ReCore, será necessário avançar na trama principal já que precisaremos nos fortalecer para enfrentar as ameaças de aumento de nível. O jogo recompensa o explorador, que não deixa um cantinho para investigar. Os caches nos fornecerão planos para criar novas peças para melhorar as características dos robôs. Recuperar os núcleos de plasma será fundamental para ter uma experiência de jogo satisfatória, esses itens são necessários para abrir portas e acessar certas fases, recomendo que você deixe poucos no mapa.
ReCore não é apenas uma plataforma para usar, existem muitas nuances que mostram que é muito mais. O título tem um ponto estratégico que já comentamos antes, você não pode enlouquecer pois encontraremos inimigos acima do nosso nível que nem faremos cócegas. O papel é outra das nuances que podem ser percebidas no ReCore, o artesanato, a aquisição de experiência, o melhoramento de armas e os robôs são um claro exemplo disso. Para subir de nível, melhorar os robôs e o rifle teremos que procurar inimigos que possamos dominar, visitar masmorras, recuperar núcleos de plasma, enfim, ficar atento ao mapa pois é uma fonte constante de informações que nos ajudará nós chegamos lá no ano passado.
No fundo trata-se um jogo que não deves perder, uma aventura diferente no catálogo da Microsoft com uma história que te convida a jogar para descobrir o que aconteceu e o que está a acontecer. As mecânicas do jogo são muito divertidas e rápidas. Plataformas e estratégia de combate. Outro ponto interessante que eles deveriam ter considerado é adicionar algum tipo de suporte ou veículo, já que andar tanto pelo deserto pode ser monótono. A duração é suficiente para um título com essas características, são cerca de 12 horas sem parar para explorar tudo, apenas a história principal.
E como já é habitual, está disponível na Xbox Game Pass. :)