O apocalipse está sobre nós. A excelente trilogia da origem da heroína Lara Croft fecha um capítulo. A Square Enix junto com a Eidos Montreal deram forma a este fim do ciclo que esperamos por algum tempo. Por fim, podemos desfrutar desta última aventura de Lara Croft nesta etapa de (in)experiência. Nesta análise de Shadow of the Tomb Raider para Xbox One, vamos mostrar o seu percurso.

Os eclipses têm sido uma preocupação para a Humanidade desde o início dos tempos. Quando o sol se esconde, um mau presságio é anunciado, o mundo e o caos fundem-se. Antigas civilizações maias, incas e astecas realizavam rituais e sacrifícios para evitar um fim dramático que poderia ser desencadeado se os deuses não estivessem felizes.

Um regresso ao passado

Um ponto de reflexão. Isso é Shadow of the Tomb Raider. Uma mudança tanto na personagem principal quanto na história. Testemunhamos como Lara Croft cresceu. A profundidade do personagem atingiu novos horizontes e, neste capítulo, podemos aprender sobre outras camadas de sua personalidade. Ela é uma heroína realmente rica em nuances que se deformam com o passar das horas nesta aventura. Vamos encontrar uma Lara selvagem. A culpa e a responsabilidade levaram a Croft a atingir outro nível de maturidade que se reflete na jogabilidade. A jogabilidade deu um salto e está mais brutal do que nunca. Se és fã de toda a história da saga, desde seus primórdios, encontrará detalhes que o farão sorrir de saudades. 

Felizmente, o tiroteiro não é tão prevalente, até porque a série nunca foi conhecida por essa componente. Aqui vemos uma Lara mais furtiva, num ambiente bastante hostil: A selva. A importância do sigilo e dos ataques mais viscerais aumenta,. O sangue e os assassinatos impiedosos de qualquer esconderijo melhoram desde o início. É um prazer esconder-se e usar o ambiente para matar os inimigos, muito mais gratificante do que andar aos tiros. A variedade de armas é extensa e muito familiar às capitulos anteriores. Faca, arco, espingarda, metralhadora e pistola. Não esquecemos o machado de gelo que também podemos usar como arma branca.

Uma das novidades nesta edição baseia-se no que comentamos antes. Furtividade e assassinatos foram melhorados. Podemos usar o meio ambiente para derrubar o inimigo de maneiras espetaculares. Temos a opção de cobrir o corpo de Lara Croft com lama para que a visão do hostil não nos identifique. O resultado é ótimo e usar este modo de jogar é divertido.

A prevalência da exploração

As tumbas são uma parte muito importante.  Nestes locais, como vimos nas edições anteriores, vamos ter que pensar. Em Shadow of the Tomb Raider, os puzzles são mais complicados e muito mais prevalentes. Os amantes da aventura encontrarão um bom refúgio nesses desafios instantaneamente mortais. O conteúdo do título não fica apenas nas tumbas e na campanha principal. Teremos também a opção de visitar criptas onde encontraremos tesouros muito úteis para a aventura. Não deixar nada inexplorado é importante, somos ladrões de túmulos (Tomb Raider), e é nosso trabalho e vocação, por que deixar um buraco no mapa sem visitar? Além disso, a sensação ao explorar é a de estar diante de algo maior. Sempre há um recanto onde há um tesouro que estamos ansiosos para capturar. No menu principal também podemos ter acesso a este tipo de conteúdo de desafios.

Em Shadow of the Tomb Raider poderemos interagir com outras personagens. Já vimos um pouco disso na jogabilidade do Paititi e a boa notícia é que há muito mais. Os habitantes nos fornecem histórias, curiosidades e até missões secundárias. Não têm grande profundidade, mas são interessantes se quisermos saber mais sobre a civilização em que nos encontramos e recebemos certas recompensas. É mais uma opção que prolonga as horas de jogo sem ser um conteúdo trivial.

A dificuldade é algo bastante personalizável. Antes de começar, podemos escolher como queremos enfrentar a aventura. É possível alterar o nível de dificuldade do combate ou quebra-cabeças para tornar a experiência o mais agradável possível para cada tipo de jogador. O tempo de jogo é generoso, sem ter completado todos os segredos 100%, as 35 horas de jogo são facilmente alcançadas e sem que te apercebas. Além disso, deparamo-nos com alguns cenários magníficos com os quais paramos para usar o modo de foto. Recurso muito bem implementado que nos permitirá mudar o rosto de Lara com um toque mais relaxado.

Lara Croft era tudo o que conhecíamos. Ela deixou de ser uma criança para se tornar a guerreira que estava destinada a ser. Com grande coragem, ela enfrenta o perigo enquanto evolui as suas habilidades. A árvore de habilidades é grande. Encontramos três aspectos que irão melhorar o combate: o instinto de sobrevivência e a maneira como limpamos o ambiente. Podemos acessá-lo em um local que já conhecemos muito bem, o acampamento. Nessas bases será possível aprimorar nosso arsenal. As armas podem ser compradas, pois há comércio com certos habitantes. Além disso, também podemos criar nossas próprias roupas para aprimorar algumas habilidades e adquirir certas vantagens no jogo. Os skins são variados e vamos deliciar-nos com certos fatos clássicos (o skin de Angel of Darkness é o meu preferido) que farão as delicias dos fãs da saga.

Shadow of the Tomb Raider é o toque final para uma trilogia que nos apresentou a uma Lara mais humana. O regresso de Tumbas, de exploração e de puzzles de forma bastante prevalente é uma delicia para quem acompanha a série deste os anos 90. Finalmente estamos a ver um regresso modernizado aos jogos de antigamente. Porém, o único que falhou em Shadow foi o argumento. Rise of Tomb Raider deu indicios de um maior conflito com a organização Trinity que aqui não se mostrou. Nota-se que ao sair a Rianna Pratchet do papel de argumentista, a Eidos Montreal foi por outro caminho, não nos fornecendo um climax épico que esta trilogia merecia. A estória não é má, gostei do desenvolvimento para uma Lara Croft mais "fria" porém, as personagens principais deixam a desejar juntamente com o antagonista.

8.5/10

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